Esse é um assunto bastante interessante para nós engenheiros e técnicos, não só engenheiros eletricistas, mas de outras áreas como a civil também, quando nós falamos em sistemas subterrâneos de energia elétrica, isso envolve várias áreas e pode proporcionar resultados fantásticos na infraestrutura urbana de uma cidade, melhorando assim a estrutura arquitetônica do lugar.
Então, as redes subterrâneas possuem duas vertentes, uma delas são as redes semienterradas e as totalmente enterradas, vamos começar falando das redes semienterradas, nesse sistema você possui uma estrutura cabeada enterrada ao solo, porém os equipamentos serão instalados no solo o que possibilita uma maior proteção nos equipamentos. Conforme essa imagem abaixo que tiramos para o blog, trata-se de um sistema de distribuição semienterradas da cidade de Shenzhen.
Os equipamentos estão na superfície, bem protegidos e sinalizados, já o cabeamento pode ver nessa imagem aqui abaixo, ele está totalmente enterrado, em caixas de passagens especiais, dessa forma proporciona eficiência na manutenção e na ampliação ou melhoramento da rede.
Os sistemas subterrâneos de distribuição de energia elétrica além do cabeamento está totalmente enterrado os equipamentos serão direcionados para locais especiais em galerias subterrâneas e recomenda-se em áreas que possuem grandes densidades de carga, fins estéticos ou outras aplicações. E quando nós falamos de sistemas de distribuição subterrâneos, queremos destacar que são sistemas de potência que estão próximo da carga final ou da unidade consumidora.
Isso quer dizer que estamos falando de tensão primária ou média tensão, conhecido também como subtransmissão de energia, no Brasil considera-se distribuição primária de 13,8kV até 34,5kV e 34,5kV até 138kV subtransmissão de energia.
Os sistemas de distribuição de energia elétrica aqui mencionados possuem várias vantagens e são elas:
Falhas mais controladas;
Alto nível de segurança;
Melhor convivência com o meio ambiente (Evita poda das árvores e diminui acidente com animais e pessoas);
Quantidade de manutenções menores;
Continuidade no fornecimento de energia elétrica.
Sabemos que no momento de desenvolver um sistema de distribuição, esse sistema geralmente é escolhido pela maior viabilidade financeiramente, é o caso dos sistemas de distribuição de energia aéreo, porém os custos com manutenção corretiva e continuidade no fornecimento de energia elétrica é alto, e de longe não se compara com um sistema de distribuição aterrado ou semiaterrado.
Os sistemas aterrado o custo de implantação é muito alto, mas o nível de segurança e estética não se compara, na imagem abaixo ilustra um sistema de distribuição de energia elétrica aterrado, como podem notar é necessário uma estrutura elétrica e civil de alta complexidade, pois deve analisar vários fatores, como ventilação na galeria, sistema de drenagem, facilidade de manutenção do sistema, entre outros fatores.
Quando o setor de projetos inicializa o projeto básico de um sistema de distribuição, olha-se já nessa etapa, os tipos de arranjos que iremos aplicar no projeto executivo, analisando as características através de um bloco de carga que possibilita verificar as alimentações.
Os benefícios que as concessionárias de energia podem obter ao implantar esses sistemas são altos, uma grande resposta para isso é o resultado do DEC (Duração Equivalente de Interrupção por UC) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupções por UC) em áreas que utilizam esses sistemas, seja o sistema aterrado ou o semiaterrados.
Porém como mencionamos a maior desvantagem é o custo no momento da implantação, mas esse custo de implantação do sistema pode ser revertido em benefício para empresa no médio e longo prazo, diminuindo os números de manutenções corretivas por problemas alheios ao sistema, como é o caso de árvores, pássaros, acidentes com pessoas e com veículos que afetam diretamente o suprimento constante das UC’s.